Eu quero mudar-me para as montanhas, começar uma plantação de trigo, achar que fertilizante é novidade, fingir que perdi meu marido. Quero ter marcas fortes de sol, calos nas mãos, quero importar-me mais com os outros, envelhecer, perder a visão. Quero ter poucos amigos e sentar-me numa cadeira de balanço para assistir as nuvens dançarem. Quero entender o mundo e quero, no fundo, fazer um transplante de coração. E eu quero ser sol e ver o poeta desaparecer na linha do horizonte. Estou cansada, sou cansada e estou casada com a contradição.
Um comentário:
ahhh uma fazendinha nas montanhas(L)aházo amiga
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