De tanto parecer certo se prender ao errado.
E o errado perder para o certo num golpe bem bolado.
E o certo parecer errado.
E o errado parecer trocado.
A cabeça deu um nó.
Coração virou pó.
Nosso meio-termo, amor, ficou só.
De tanto parecer certo se prender ao errado.
E o errado perder para o certo num golpe bem bolado.
E o certo parecer errado.
E o errado parecer trocado.
A cabeça deu um nó.
Coração virou pó.
Nosso meio-termo, amor, ficou só.
Ontem à noite você me mandou uma mensagem que dentre outras coisas indagava se o acontecido de Sábado tinha tido algum significado para mim. E eu lhe respondi que tinha, e muitos. Pois bem, parando para pensar... há o tal do inconsciente, não há? Aquele que teima em nunca ir de acordo com aquele que tem quase o mesmo nome, alterando-se apenas pelo decréscimo de “in”. O tal do inconsciente faz o que der na telha, banhado em egoísmo. E foi o tal inconsciente que na Sexta-feira fez com que – contra a vontade daquele sem “in” - ao dançar com outro par, eu lhe procurasse entre os passos. Aí pensei comigo que se havia procurado você, logo tinha que ser você, você e ponto, você e exclamação, sem vírgulas, interrogações, travessões. E no Sábado teve o tal do acontecido, e lá estava eu, o consciente de um lado dizendo “Aí ela, é ela, é ela, tem que ser, há de ser, achei!” e o inconsciente de outro lado dizendo “É, mas não é, não é, só se for não sendo, não é isso!” e ambos me aterrorizavam com a terrível idéia – que antes fosse apenas uma idéia – de que ele havia estado ali, aonde antes eu pertencia, e sabe, eu hei de me apegar ao Drummond, “A minha vontade é forte, mas a minha disposição de obederce-lhe é fraca.”. Entende?