domingo, 30 de agosto de 2009

Se levar-me à loucura significa poder levar-te a qualquer lugar, eu esqueço-me da razão.

Brasília.

Os carros, todos parados no acostamento. As pessoas sentadas à mesa, discursando sobre o fluxo de idéias e sentimentos. Os artistas pintando novas canções. Os eixos x, y, w, L e 2. Os gráficos e os grafites. As nuvens abrindo caminho para a chuva, a chuva resistindo ao sol. As cidades satélites, os satélites caindo lá de cima. Os acidentes de percurso. É tiro, é chuva, é um novo caminho. As belas damas exibindo seus vestidos e cigarros. Os charlatões ensaiando seus escarros. Os pobres e miseráveis cobrindo-se com flanela e esperança. A menina que vem feliz a cantar. O que faz-lhe cantar, menina? Vive no mundo da lua ou cria a felicidade na surdina? Assisto, do fundo - do poço -, a cidade sufocar-se. É homem, é mulher, é os dois, ou não é. A chuva desistiu de cair. A menina desistiu de cantar. Olha o céu! Olha o sol! A cidade pôde - enfim - respirar.

Pôs.

A falta de apetite de Camões.
O desespero de Vinicius.
A complacência de Drummond.
As batidas de Chico,
tais como as do coração.
Deixe que bata, que digam, que calem.
Mas amor é melhor assim, murmurado.
Guardado como segredo,
ainda que dentro do peito,
vague sem vergonha.
Podendo ser, ou sendo sem querer.
Amor avoado, que viaja em meio ao céu estrelado.
Que parte do céu da boca,
e repousa nos braços amados.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Gira.

Estamos pisando no céu, comprando cigarros na farmácia da esquina. Diga-me, em que parte erramos? Ou erraram conosco? Nós tentamos correr, mas os pés correm de nós. O mundo virou de cabeça para baixo, as rotações foram canceladas por tempo indefinido. Inventaram as horas, agora reinventamos motivos. Queremos seguir, mas o próximo passo é um abismo. Vejamos as pedras lá embaixo, quase atravessando para o outro lado, tão firmes e fortes. Preciosas ou dotadas de algum uso. Atiramos nos santos, lapidamos jóias raras. Agora parecem facas, forçando uma escolha, atirar-se nelas, ou deixar que atirem em você. Eu não sou santo, também não sou raro. Não atiro, nem aguardo. Cedo demais para uma escolha. Por enquanto deixo as pedras enfeitarem a esperança de que o mundo gire de novo.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

http://apaixonar-seasos.blogspot.com/

Seu amor tem força. Uma força imparável, que veio de encontro a um objeto praticamente imóvel, a pessoa que lhe escreve agora. Disse que não faltaram palavras, sobrou alguma? Sinto precisar de novas. É impossível parar tal força, assim como é impossível, para mim, desviar-me dela. Movi-me a favor dela, agora movo-me contra. Vou de encontro ao ponto pelo qual essa força foi gerada. Localiza-se em teu peito, certo? Deixe acolher-me nele, único lugar no qual sei que caibo, sem precisar encolher-me, ou diminuir de tamanho.

TEXTO DO BLOG: http://apaixonar-seasos.blogspot.com/

É De Lágrima...

Ditou suas palavras como se pregasse um evangelho a um ateu, desejando que elas causassem impacto, mesmo que não tivessem altura no tom. Celebrou o amor, brindou por sua ausência. Discursou sobre o luar, comparando-o com a figura amada. Cuja imagem tinha acabado de desaparecer. Talvez para ressurgir na noite seguinte, maior e mais iluminada, ou para discretamente aparecer pequena e desfocada, coberta de nuvens, daqui algum tempo...

Canção, Tinto Suave.

Ela não sorri, não quer cantar, levou a boa sorte para um passeio. Anda em linha reta, com seu corpo encurvado. Perdeu a voz e a vontade. Sente-se à vontade quando só. Comprou um aquário, para ser ocupado com ar. Ares bons ou não, mas difíceis de engolir e respirar. Presos no vidro e na inspiração. Você aí, deixe-nos ver seus lábios formando uma meia-lua. Dando-lhe a certeza de que nem sempre há dor em ver seu pulmão inflar. Cante. Cante com vontade, tem sempre alguém procurando algo para escutar.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Valsa Nº 1

Escreveu um erro. Chamou-o de romance. Escreveu-o com letra cursiva, dando o devido valor às margens. Colocou a culpa em outra pessoa, a terceira do singular. Escreveu seu erro com cautela, revelando sua mutação. Foi de acerto a erro. E de erro a destaque nas prateleiras da vida. Encapado e pesado. Deu destaque ao protagonista, o fez caricato. Aumentou o tamanho do nariz, das orelhas e da inocência. Chamou-a de burrice. Convidou-a para dançar junto a um par de olhos cor de mel, pertencentes à coadjuvante. Olhos que exprimiam algo além. Dançou os passos certos, mas descobriu, apenas tarde demais, e depois de incontáveis valsas, que segurava a cintura errada. Perdeu-se no ritmo, antecipou o passo que vinha a seguir. Atrapalhou-se todo, sem mão, nem cintura, para segurar. Escreveu um erro. Mas resolveu chamá-lo de par errado.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Kg.

Não assuste-se caso eu fuja,
caso, subitamente, meu rosto desapareça.
Poderas ainda vê-lo estampado na capa do jornal,
nas velhas fotos desbotadas, no coração de quem não fez por mal.
Não mude sua expressão, não acrescente rugas.
Acrescente meu nome em um discurso de agradecimentos.
Agradeça-me por meu sumiço,
ainda que queira agradecer por um dia eu ter existido.
Telefone para meus pais, para a polícia, tanto faz.
Se eu revelar meu rumo, não espalhe.
Vivi presa, e isso não quero mais.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Comemorativo.

O cheiro de chuva mesclou-se com outro.
Seu perfume ou saudade?
Nenhum dos dois?
Mera lembrança, quem sabe.
Ou tão somente coincidência.
Uma provocação vinda de sabe-se lá onde.
Ou de você.
Coincidem as datas.
Primeira, e talvez última vez.
Cheiro de chuva e de despedida.
Redenção tardia, anteriormente preparada,
mas nunca concebida.
A chuva foi embora, ficaram as poças.
Adeus gotas - de lágrimas.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Breve Poema (Bravo Dilema).

O que diriam os poetas se toda palavra fosse verdade?
O que seria de um poema de amor, se não um simples ato de coragem?
Sem suas alegorias, os poemas de amor seriam apenas de saudade?
De desejo? De decepções? Decorativos? Espasmos de ansiedade?
Haveriam as musas sem seus romances idealizados?
Os intocáveis rostos, os imagináveis beijos.
Os amores com acréscimo de rancores.
Corações remendados em flores.
Primavera seca e sem cores.
Lírios, margaridas, murchos.
Decorando caixões.
À luz de velas, velados, mortos amores.
O que diriam os poetas se toda palavra fosse verdade?
"O amor existe, apenas fora da realidade"?

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Nuance.

Às vezes é preciso tapar os olhos, mas nunca o coração. Aprendeu assim, meio sem querer, enxergando entre as lacunas de seus dedos. Credo, como queria não acreditar! Vagava pelas madrugadas. E vagamente tinha algumas nuances de felicidade. Caminhava com os olhos fixados ao chão. Esbarrando, eventualmente, com o destino. Um de seus tropeços foi certo. Presente do destino. Ou um dia de maré calma. O coração enxergou antes que sua cabeça se erguesse e seus olhos, meio destampados, alcançassem os que estavam à sua frente. Era um dia de sol, pulou, flutuou, deu piruetas entre as nuvens. Mas como presente do destino, ou por inconstância da maré, o tempo fechou. Estava tentando segurar o céu, mas estava difícil alcançar sua mão.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

C'est la vie.

Desliga esse sol. Feche o tempo. Distrai o silêncio, enquanto eu me desvio do tédio. Sentamos e esperamos? Não sei para onde correr. Os tiros vêm de todo lado. Eu quero tirar tudo daqui. Pessimismo à parte, mas o copo parece meio vazio. Vamos desistir de tudo e virar música?

sábado, 15 de agosto de 2009

Ah nem.

Quis partilhar a vista do meu céu cinco estrelas contigo. Quis falar um pouco dele, descrever cada milímetro de sua imensidão, interpretar suas cores, ver as nuvens indo embora, ditando velhos amores. Ainda sabendo que o céu - dito meu -, é o mesmo que você tem aí, quis mostrar como ele é diferente visto daqui. Tenho a visão perfeita, de um céu todo meu, quis dividir com você. Não só a visão, mas o céu inteiro.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Desculpas.

Resta esta tela em branco para acomodar tudo que sinto. É de longe ansiedade, e microscopicamente, uma dúzia de borboletas sobrevoando meu estômago. Quis gritar tal felicidade de pé em um palanque, agora só quero a chance de poder sussurrá-la em seus ouvidos. Quando eu quis, procurei, mas nada foi encontrado. Quando desisti, eu fui encontrada, submersa em mágoas e em mim mesma. Não pedi para que atirasse uma bóia, convidei-a para um mergulho. Meu desejo era desvendar os sete mares. Não vê-la boiar em um oceano de lágrimas...

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Ventilador.

Ligou o ventilador, na incessante busca por uma brisa de felicidade. Sentiu cócegas quando o vento atingiu sua nuca, e uma súbita vontade de rir. Não guardou seu riso, deixou que ele se soltasse tão feroz e feliz quanto um animal até então enjaulado. Tirou o sumo desse riso, um rastro de felicidade. Desejou que esse vento tivesse vindo de um suspiro apaixonado, ou do sopro de lábios amados, teria mais motivos para rir, ou quem sabe uma desculpa para rir sem motivo...

Pó.

Soubera amar como campos de girassóis no auge de uma Primavera. Desaprendera como um adulto cujo encanto pela bicicleta tivesse sido perdido. Deixou-se levar, e perdera-se na estrada, uma encruzilhada de vidas. Com um gato preto e uma garrafa vazia de cachaça. Desfrutava de toda má sorte, amparada por más companhias. Sentia que tudo virava pó, antes mesmo de conseguir aproximar-se. Certos pós, davam-lhe a vontade de serem guardados feito cinzas de um ser que já não conjugava-se mais. Outros, queria ver misturados na areia da praia, irreconhecíveis, insignificantes.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

À Flor da Pele.

Últimas palavras, ou serão as primeiras? Serão palavras ou murmúrios? Cale-se que eu grito. O que desejas ouvir? Agradam-lhe promessas? Prometer até posso, mas cumprir cabe ao instinto. Aproveito para sentir tudo ao espinho da pele, enquanto privam-me de sentir-te à flor dela. Qual é o lado bom? Pretendo mudar-me para lá. Talvez amanhã, talvez na semana que seguirá, no próximo mês, daqui um ano, na próxima vida. Espero-te lá. Junto ao sol poente, carregando uma dúzia de flores, preservadas em meu peito.

domingo, 9 de agosto de 2009

Coordenadas Geográficas.

O auge de minha poesia foi conseguir encaixar-te em palavras. Ainda que não tenha conseguido fazer-te caber à minha realidade. Recordo-me das noites em claro e também dos dias escuros. Aprendi a decifrar cada linha gerada por seu sorriso, eram como linhas imaginárias divisoras do globo, utilizava-me delas para saber para onde eu estava indo, para não perder-me. Ainda assim perdi-me um pouco. O suficiente para reencontrar-me. Em um outro meridiano.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Lembrei-me.

Escapei de mim. Por menos de um triz, não consegui convencer-me quanto à volta. Ao tentar puxar-me pela mão, fiz vento e empurrei-me para longe. Sinta-me perto, enquanto eu sinto muito. Embora eu tenha deixado-me levar por outras ondas, ainda vejo a areia daqui. Vejo-te debruçada sobre ela, tentando segurá-la com tudo que pode. Segure-a. Com força. Não deixe que ela saia daí. Não deixe que ela venha para cá. Tente evitar e consiga. Não deixe que ela venha trazida pelo vento. Cometa erros, mas não os mesmos. Estou perdendo-te de vista. Estou perdendo-me no mar. Segure-se forte na areia. Não deixe o vento te levar...

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Lei de Quem?

Queria atingir o ponto de congelamento do tempo, agora que seu coração tinha entrado em ebulição. Não foi a pressão, tampouco a temperatura. Sabia do risco de seu coração tornar-se vapor, mas não sairia de lá. Tinha encontrado as condições certas, seu corpo inteiro borbulhava. Queria congelar o tempo, mas só conhecia modos de congelar seu coração. Não tinha matriculado-se no curso, os únicos papéis que assinou foram cartas, mas recebeu aulas teóricas e práticas. Pagou a longo prazo, dividiu-se em parcelas de dor. Isso fora passado. Interessava-se no presente pausado. Queria, não só ter o poder congelá-lo, mas também de protegê-lo do derretimento. Tratava-se de contrariar as leis da Física, Química, da vida. Mas não que isso preocupasse-a. Dipôs-se a contrariar as leis, acabava de começar a acreditar nas exceções.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Organizando Sentimentos.

De madrugada veio a raiva, colocar-me para dormir. Amanheci com o sol invadindo o quarto, e a tristeza invadindo o peito. Não tomei café, tomei coragem. Passei geléia no pão, e parte da manhã inconsolável. Meu corpo pesava, refletindo minha ressaca da vida. Tomei-a, quer dizer, tomaram-na - de mim - rápido demais. Achei que minha sede pudesse ser saciada com água, testei saciá-la com desespero. Acabei por saciar vontades alheias. Acostumada em caminhar nas nuvens, surpreendi-me com o céu limpo de Agosto. Caí, elegante como uma pluma, pesada feito consciência.

Falo?

Coube feito uma chuva de verão no meio da tarde de uma Segunda-feira, como um período de calma depois de uma longa tempestade. Não fui acordada pelo suor frio, mas por um beijo doce, diferente dos que já me despertaram. Foi um beijo com sabor de abraço, com a velocidade do som. Distraiu-me das desgraças. Fez-me rir de tudo que não tivesse graça. Foi um beijo com a mesma eficiência de um curativo bem feito. Socorreu-me. Não teve pressa, não correu para a saída. Ajudou-me com calma. Colocou minha alma em dia. E - ainda? - não marcou a data de partida.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

A Bela e a Fera.

Queria ainda acreditar, mas foram-se os tempos de fábulas. Não há príncipe, cavalo branco, só uma dose quente de realidade. Nada amena, nada doce. Empurrada de uma vez garganta abaixo. A pureza das palavras, sujou-se feito calçadas de cidade grande. Não há como limpá-las, apenas como preservá-las. Não saia mais jogando palavras ao vento, elas podem cair no ouvido errado, atingir o coração certo. Suas palavras entraram. Por um ouvido sem sair no outro. Tomaram forma, expessura, conta. Afiadas, abriram caminho, depois cicatrizes. Tomaram conta de mim, depois deixaram-me só. Eram só palavras. Palavras sós. Palavras bem ditas, escondendo mal dizeres. Narrando uma fábula. Uma expressão utópica de uma realidade inventada. As belas palavras, e a fera, você.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Não Sei Mais.

Belisque-me até que eu acorde. Vai ver isso tudo é só um pesadelo. Doe-se um pouco. Estou precisando dormir e acordar junto de bons sonhos. Segure-me um pouco. A queda é livre, mas eu não me sinto assim. Não vejo como, nem fundo, nem poço. E caio com medo de não parar. Sou forte. Mas seja a força que me pare.

domingo, 2 de agosto de 2009

Cores.

Deixe-me ver o sol se pôr. Deixe-me vê-lo no reflexo de seus olhos. Cansei de observar a lua, cenário do passado. Quero ver o sol indo embora com todas suas cores. O degradê do céu em sua íris. Reflexo do futuro. Quero dar um mergulho, e se você for junto, eu juro que pulo. Deixe-me nadar pelo céu dos seus olhos.

Cem - Sem - Motivos.

Aceso, não representava só calor, fumaça, ou uma ponta da cor do céu na hora do pôr-do-sol. Era como um suspiro de amor, com o mesmo gosto amargo no final. Era uma boa companhia e ia bem acompanhado da tristeza. Ocupava, entre seus dedos, o espaço que deveria ser preenchido por outros. Era uma fuga. Um descompasso de fôlego. Um (es)trago.

Fim Do Mundo.

Deu no noticiário que o mundo vai acabar. O tempo corre em direção a linha de chegada. E não terá nada depois que ele chegar lá. O céu está fechando e abrindo caminho para o fim. O fim está chegando, para o mundo ou só para mim? Não sei se meu mundo é o mesmo que passa na televisão, mas sabendo ou não, salve-se quem puder. Salve-me quem quiser.

Pouco Importa.

Seguia cabisbaixa, como se existisse uma força cuja única função fosse empurrar sua cabeça sempre para lá. Acordava e ia dormir com esperança. Esperança de encontrar alguém cujo destino seria erguer, não só sua cabeça, mas ela como um todo. Desacreditava, e desnorteada levava-se para passear. À procura de ar fresco, de uma forma de respirar que não por impulso. Queria ter algo no qual se apoiar, algo que não fosse o peso de seu próprio corpo. Apoiava-se em si, querendo apoiar se em alguém. Era alguém? Se sim, quem? Era nin(guém). E não tinha forças para se segurar.

Sopro.

Entre agarrar ou não existe um espaço. Pensar que agarrar o que se quer é impossível, ecoou nas paredes da minha mente. Não que eu não vá agarrar. Mas talvez agora, eu agarre sabendo que quando pular de braços abertos e olhos fechados, ao fechar os braços e abrir os olhos, pode ser que o que eu agarrei, tenha doado lugar para o vento.

Desaba(fa)r

Senta aqui, deixe que eu te fale aquilo que eu não sei soletrar. Escute o que eu te digo, é o último fôlego que eu gasto contigo. Não me fale nada, não sou tão crente a ponto de te escutar. Mostre-se maior, a gente sabe que um grão de areia ocupa algum lugar. Quando foi a última vez que você sentiu seu coração bater? O meu acabou de parar.