domingo, 30 de agosto de 2009

Brasília.

Os carros, todos parados no acostamento. As pessoas sentadas à mesa, discursando sobre o fluxo de idéias e sentimentos. Os artistas pintando novas canções. Os eixos x, y, w, L e 2. Os gráficos e os grafites. As nuvens abrindo caminho para a chuva, a chuva resistindo ao sol. As cidades satélites, os satélites caindo lá de cima. Os acidentes de percurso. É tiro, é chuva, é um novo caminho. As belas damas exibindo seus vestidos e cigarros. Os charlatões ensaiando seus escarros. Os pobres e miseráveis cobrindo-se com flanela e esperança. A menina que vem feliz a cantar. O que faz-lhe cantar, menina? Vive no mundo da lua ou cria a felicidade na surdina? Assisto, do fundo - do poço -, a cidade sufocar-se. É homem, é mulher, é os dois, ou não é. A chuva desistiu de cair. A menina desistiu de cantar. Olha o céu! Olha o sol! A cidade pôde - enfim - respirar.

Um comentário:

Unknown disse...

Garota voce é demais!!!