terça-feira, 30 de dezembro de 2008
Agora, se eu te dei a intimidade, entre e sinta-se à vontade.
(Também tem a possibilidade de eu não ter deixado você entrar porque vi em você o poder de colocar tudo de cabeça para baixo, e assim como em todo caos há um pouco de calma, em todo louco ainda há resta alguma sanidade, e foi ela que me salvou da sua tormenta).
sábado, 27 de dezembro de 2008
Jingle Bell - Velocidade 5
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
Licença Poética
Estou tentando sonhar. Me dê licença, por favor.
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
"Maybe you found someone who love you right"
E me questiona porque não tenho fé?
Pare o carro, eu vou a pé.
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
"Em que você tá pensando agora?"
(hahaha, tá)
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
Eu-musicado
Sabe aquelas músicas que te trazem lembranças? Aquela música que te lembra de mim, aquela música que me lembra de você... Música-lembrança, sabe? Aquele refrão de Domingo à tarde, de Terça chuvosa, de amor sem sentido, de paixão corriqueira. Eu estava pensando nessas músicas, e fui procurar alguma que me lembrasse de...mim. Procurei primeiro nas mais calmas, aquelas das vozes roucas, de dias nublados, até pensei que tivesse me achado, meio cinza com cheiro de terra, mas não é sempre que sou assim. Tentei depois me achar em alguma música-ambiente, já que minha quietude ocasionalmente me deixa de figurante, outra busca sem sucesso. Pensando em meu silêncio, fui escutar as instrumentais, aquela mistura de cordas e metais me lembrou do caos que eu carrego aqui dentro. Não tive certeza se condizia com a verdade. Pulei aquelas de refrões grudentos, passei logo para as de letras ácidas, me lembrei das insensibilidades verbais que já joguei ao vento. Parti para as melosas, que me levaram para as tristes, que me roubaram algumas lágrimas, visto que já tinham suas respectivas lembranças. As músicas dançantes deram aos meus pés, algum movimento, e ao meu rosto, um sorriso. Parei um pouco, para ver se escolhia logo a tal música que me lembrasse de mim. Acabei sem escolher. Essa minha confusão toda não cabe em minha cabeça, quanto mais em uma música só.
sábado, 6 de dezembro de 2008
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
Com as cartas na mesa.
E então eu tive certeza.
A gente se encontra mais tarde.
Eu com o coração na mão.
Você com as cartas na mesa.
domingo, 30 de novembro de 2008
Julgue a alternativa.
De tanto parecer certo se prender ao errado.
E o errado perder para o certo num golpe bem bolado.
E o certo parecer errado.
E o errado parecer trocado.
A cabeça deu um nó.
Coração virou pó.
Nosso meio-termo, amor, ficou só.
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
O Bicho Homem
Mulher, mulher violentada, mulher. Mulher cansada, mulher solitária, mulher. Mulher em casa, mulher sem casa, mulher. Mulher trabalhadora, mulher batalhadora, mulher. Mulher mal-tratada, mulher despedaçada, mulher. Mulher com medo, mulher sofrendo, mulher.
Criança, criança prematura, criança. Criança trabalhadora, criança sonhadora, criança. Criança sem infância, criança sem direitos, criança. Criança solitária, criança assustada, criança. Criança sem escolha, criança quer esmola, criança.
Família, família abandonada, família. Família afastada, família desestruturada, família. Família mal amada, família violentada, família. Família com medo, família com fome, família. Família sem teto, família miserável, família.
Vida, vida rasgada, vida. Vida mal-tratada, vida desvalorizada, vida!
Homem bicho, bicho homem.
29/05/07
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
domingo, 23 de novembro de 2008
Mas não me leve a mal...
Em uma folha em branco, alguns de teus traços.
Três minúsculos versos.
Desastres não ocupam muito espaço.
(Cole sua foto aqui)
Caro amigo(a), abra bem os olhos e não só olhe, observe e encare o quão supérfluo está sendo viver assim. Eu já me recusei. Eu já mudei. Não volto, não durmo e não morro. Esse é meu ponto final.
Entretanto
(Acho que era isso o que ele tanto queria te dizer).
sábado, 22 de novembro de 2008
De quando a paciência perdeu a vez.
21/02/2008
terça-feira, 18 de novembro de 2008
Mais um a.C.
Ontem à noite você me mandou uma mensagem que dentre outras coisas indagava se o acontecido de Sábado tinha tido algum significado para mim. E eu lhe respondi que tinha, e muitos. Pois bem, parando para pensar... há o tal do inconsciente, não há? Aquele que teima em nunca ir de acordo com aquele que tem quase o mesmo nome, alterando-se apenas pelo decréscimo de “in”. O tal do inconsciente faz o que der na telha, banhado em egoísmo. E foi o tal inconsciente que na Sexta-feira fez com que – contra a vontade daquele sem “in” - ao dançar com outro par, eu lhe procurasse entre os passos. Aí pensei comigo que se havia procurado você, logo tinha que ser você, você e ponto, você e exclamação, sem vírgulas, interrogações, travessões. E no Sábado teve o tal do acontecido, e lá estava eu, o consciente de um lado dizendo “Aí ela, é ela, é ela, tem que ser, há de ser, achei!” e o inconsciente de outro lado dizendo “É, mas não é, não é, só se for não sendo, não é isso!” e ambos me aterrorizavam com a terrível idéia – que antes fosse apenas uma idéia – de que ele havia estado ali, aonde antes eu pertencia, e sabe, eu hei de me apegar ao Drummond, “A minha vontade é forte, mas a minha disposição de obederce-lhe é fraca.”. Entende?
a.C.
[...]
Eu queria acreditar que o que estava escrito em sua carta, estivesse lá só pela situação. Mas eu não consigo. Enfim.
Eu te amo. E ora sai flutuando, ora sai rasgando.
sábado, 18 de outubro de 2008
Emplasto Multiuso
Cura gripe, câncer e qualquer infecção.
Falta de juízo, de dinheiro e depressão.
Anestésico, antitérmico e alienante.
Emplasto multiuso,
Deixa até as dores do amor
(menos) emocionantes.
A felicidade empacotada.
Fé solúvel sabor limonada.
Emplasto multiuso:
Emagreça agora!
Esvazie por dentro,
Atraia por fora.
Emplasto multiuso é solução,
Acaba com dores, diarréia,
Joga búzios, faz amarração.
Encontre a felicidade em alguns instantes,
Leve de brinde um anel de diamantes.
segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
Tá tocando no rádio. Aquela música, tá tocando no rádio. É de dar arrepios – foram-se os tempos de frio na barriga. A vez já passou. Olha prá trás, um, dois, e se foi. Não te culpo – me culpo. Para cada passo, uma martelada. Proporção. Não se culpa – me culpa. Um, dois, e se foi. Já faz tempo. Parece ontem. A música ecoa. Fazia tempo que não a escutava. Parece ontem. Ontem eu passei bem perto da sua casa, e te vi ali, em pé, de costas para mim. Fazia tempo que não te via. Parece ontem. Senti tanto a sua falta. Parece ontem. Foi ontem, hoje já não mais.
domingo, 27 de janeiro de 2008
Eu pego um papel e uma caneta, risco, rabisco, insisto. Ouço passos, pesados, secos, cansados. Há uma dor dentro do peito. Que dor? É coisa de doido, imaginária, sem começo e sem fim. Pausada. Bate um coração aqui dentro. Por que? Tem de bater? É realmente necessário? Repito, por que? Não é por fins musicais, carnais, espirituais. Ou é? Vai, me diz agora. Ou eu posso ter um órgão do tamanho de um punho fechado no formato de uma pêra com a ponta virada pra baixo e que de dor bate, mas não posso ter respostas?