quarta-feira, 30 de junho de 2010

Quédá?

Ainda me lembro, você era toda esvoaçante. Sol de meio-dia e Carnaval. Não sei como se transformou nessa figura cinzenta, sombria. O que foi? Por quê está me olhando assim? Não, veja bem, não estou dizendo que não gosto, só estou dizendo que...sem sorrisos. Não sorria! Você não sorri mais, é isso! E essa risada? Resolveu rir agora? Ora, pare com isso. Fale alguma coisa, qualquer coisa! Pare de arquear as sobrancelhas! Não, também não é para desviar o olhar, não é isso que eu te peço. Ei, volta aqui, sorriso! Que é? Agora resolveu também que vai chorar? Não, desvie seu olhar de novo, não me olhe assim não...desce daí, agora! Amor? Querida? Desce, vai, não tem graça! Pare de rir sozinha! Ei, volta aqui! (Silêncio) - Acho que acabou. (Queda).

terça-feira, 29 de junho de 2010

Sinal.

Amei-te, claro que sim, que pergunta! Mas não que nunca tenha pensado em apertar teu pescoço com um cinto. Por quê não demos certo? Olha, para começo de conversa, eu diria que demos sim. Quer dizer, eu sei que dei, dei-te mil abraços, uma mão para segurar, alguns cheques sem fundo, e...pareceu certo, juro que sim. Quanto ao que você me deu, bem...alguns envelopes de Lexotan, claustrofobia e metade dum coração. Juro que pareceu-me o suficiente. Por isso não quis mais, e nem quero agora. Estás pensando mesmo em voltar? Porque eu juro que estava pensando em mudar de lugar. Então deixe aqui o seu recado, talvez eu ligue mesmo depois do sinal. Será se ele virá do além? Serve uma estrela cadente, ou algum milagre de multiplicação. Olha, amor antigo, nunca acreditei nessas coisas não. Mas, se por um acaso, um sinal assim vier a aparecer, juro que nem encosto no telefone, volto lá de sei lá que fim do mundo, só para ficar com você.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Fico Calado,

Ontem acordei com uma vontade de me apaixonar,
como se essa vontade não conhecesse a dor,
como se eu ainda não tivesse te conhecido,
como se isso ainda não tivesse acontecido.,
como se isso ainda pudesse ser dito.
(Como se você ainda pudesse - e quisesse - acreditar).

Feridas.

Tirava as cascas das feridas, acreditando numa cicatrização mais rápida - e dolorida. Fazia tanto tempo que o tempo havia esquecido-o ali. Homem de porte médio, joelhos tortos e sotaque americano. De carnes trêmulas e ossada firme. Tinha a desculpa da depressão - diagnosticada - para que pudesse estar sempre assim, escancaradamente humano. Mas não que precisasse dela. Não tinha vergonha, tampouco receio. Sua timidez existia sim, mas vinha de sua língua presa e de seu andar desastrado. Esquecido, mas não que esquecesse. Amor um, amor dois, amores infinitos. Todos com a mesma cicatrização, tampados e depois cutucados. Estancava seu sangue deixando que sangrasse mais.

sábado, 26 de junho de 2010

Matina.

Entre as mesmas quatro paredes, acordei um dia contigo. Fazia sol, tanto dentro, quanto fora. Olhos ainda mais claros, quase esverdeados. Entre elas, jurei manter-me sempre por perto. E entre elas, um dia acordei semtigo. Não olhei pela janela, mas pelo menos aqui dentro, estava nublado...e frio. A ausência fez do descanso, um castigo. Garganta queimando, desaprendi a respirar. Ofegante, um dia eu soube te amar. E por quê você não volta? Aliás, e por quê você se foi?

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Pinça.

Eu precisaria ter apaixonado-me outras treze vezes por ti para que compreendesse o que é que acontecia quando olhava em teus olhos. Eu precisaria acordar todos os dias a teu lado para poder reparar em toda a tua beleza. Daria-te flores. Cravos, mais precisamente, para que entendesses que não queria só tuas pétalas, mas também teus espinhos. Faria tuas unhas, pentearia teus cabelos. Seria mais homem, menos esfinge. Não estrangularia-te por não decifrar meus enigmas. Acenderia teu cigarro, ou até pararia de fumar. Doaria-me a cada hora, como se não estivesse a ferir meu orgulho. Trocaria todas as mulheres do mundo, se quisesses que sentisse apenas teu toque. Apaixonaria-me, ah! como apaixonaria-me...se aparecesses e desse-me uma chance.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Espasmo.

Nunca entendi essa tua força, esses teus olhos felinos, essa tua sede de mim. Nunca acreditei em tuas palavras, nem em teu amor. Não sei quando foi que descobristes a minha fraqueza, mas estava sempre a acariciar-me o pescoço e conseguir que eu cedesse um pouco mais de minha vida. Pouco antes de conhecer-te duvidavam de meu choro. Até que então ele passou a desaguar no coração. Meus mil e um planos ficaram de fundo. Tua luz cegava-me até o amor. Amava inconsequentemente, insaciavelmente. Amava realmente. Acreditava que tudo na vida era passageiro, mas só eu estava ali sentado. Os trilhos repetiam-se. Idas e voltas. No comando, tu levava-me para onde quer que quisesses. Acreditava ter ossos, até elentreçar-me todo por entre teus dedos. Tomei tua forma. Espanto.

Colo.

Quando você passava, um véu negro cobria a cidade. Eu sentia minhas pálpebras tremerem e perdia a força dos joelhos. Você estava sempre na boca do povo, como aquilo-que-nada-pôde-calar. Mas eu bem que cedi a seus encantos. Eu queria muito ter te amado, não por seus olhos cor de mel, mas porque você me doía inteiro. Eu poderia muito ter te amado, não por ser romântico, mas porque você não deixava.

Tercetos.

Às vezes eu fico triste, assim do nada.
Às vezes eu te amo, assim do nada.
Às vezes você até existe, assim dói muito.

Teoria.

Apressada, entrou na sala. Sentou-se na primeira cadeira, na exata fila que demarcava o centro. Desastrada, derrubou seu estojo e um pacote de balinhas. Costas à mostra, denunciavam sua pele pálida pintada por sardas. Nem gorda, nem magra, robusta. Longas e grossas pernas, lábios abençoadamente recheados, fios negros e encaracolados. Com ela, nunca troquei sequer uma palavra, ou sorriso, ou qualquer coisa que expressasse que ambos sabíamos da existência um do outro. Acho que se não fosse por minha insistente tosse, ela nunca perceberia que eu estava sentado há duas cadeiras de distância, tirando as cutículas com os dentes, pensando em toda a tristeza humana. Não sei se achou-me engraçado, mas deu uma risada. Era aguda, sem desafinar. Tinha rosto de mulher vivida, e mãos que pareciam já ter tido um dono. Não sei porque falo sobre ela, não sei porque chamou-me a atenção. Talvez a tal tristeza na qual pensava enquanto a ponta dos meus dedos envolviam-se em sangue levou-me até ela. Porque sabe...aqueles lábios, tinham cor de sangue fresco.

Será?

Boa noite, disse a ela. Mas ainda era dia. Do quê está falando? A essa hora não escurece. Mas eu não podia fazê-la entender o que eu quis que ela entendesse em seu silêncio.
É que tudo fica escuro, tudo fica escuro e nevoado toda vez que você se vai. E acontece também que fica frio, e o som parece só querer meu martírio com aquelas notas graves. E acontece junto a isso que, eu também sinto saudades. E é à noite que a ausência comemora aniversário de casamento com meu coração.
Desculpa essa minha bobagem toda, é que é difícil guardar isso para mim quando ela me olha com aqueles olhos imensos e aqueles cílios dourados. É difícil puxá-la pelo braço sem que eu possa dizer que para que fique, para que de fato volte, para que haja outra chance, para que essa outra pareça a primeira.
Bom dia, disse a ela, na primeira vez em que a vi. Já era tarde, praça lotada, São João e todas aquelas frutas-do-amor. Fogueira acesa ar quente fazendo cócegas nos pés gelados.
"Bom dia, bom dia, bom dia", mas ela me avisou que já passava da meia-noite.
Se eu nunca a tivesse visto, eu nunca teria acordado?

domingo, 20 de junho de 2010

Gos.

Quando você foi embora, seus olhos haviam mudado de cor. Mas nada além mudou. Seus passos ainda ecoavam pela rua. Mas nada em mim gritou. Antes de você ir embora, você segurou minha mão e disse com certeza, agora estou indo mesmo. E foi. Podia ter impedido, não foi? Mas foi, e você também. Quando você foi embora, olhou com seus olhos cobertos de lágrimas e disse: só não vá gostar de quem não gosta de você.
Mas eu já gostava.

É.

Desculpa, mas não pude me conter. Entre quatro paredes, nada mais me pertencia, só o sufoco. Eram as janelas fechadas e a fumaça de seus cigarros mentolados, a porta fechada e o aroma de seu café. Vícios, tudo para você acabava nisso. O livro que você leu pela vigésima quarta vez naquela semana, seus braços marcados por tinta, aquelas balinhas de gengibre. Nada bastava-lhe de fato. Nem eu, nem suas meninas, nem as meninas dos outros. Nada cessava esse teu buraco negro no peito. Mas você não entendia. E acho que, na época, eu também não. Não entendia essa tua louca vontade de puxar tudo para si, como se nunca faltasse espaço. Essa tua necessidade de sulgar até que restassem somente ossos, ossos e pele. Entenda, nunca quis que as horas, nem muito menos os dias, as semanas, os meses e os anos passassem. Sei que prometemos ser felizes para sempre. Mas não pude continuar morrendo contigo.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Taquicardia.

Se eu te falasse que,
quando ela passa,
eu não sei o que se passa
aqui por dentro de mim.
Se eu conseguisse falar a ela que,
quando ela passa,
eu não sei o que se passa
aqui por fora de mim.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Tu és.

Negros eram seus olhos, tais como minha alma, a qual raptaram. Alertaram-me: tome cuidado, homem. Mas não tive forças para afastar-me dela. Ainda sequer tinha visto seu sorriso, quando já pegava-me sonhando com ele. Nem sequer tinha ouvido sua voz, e já escutava-a chamando-me. Cresci feito mandavam os bons costumes, menino puro e casto. Não precisa entender porquê, só saiba que é pecado. Mas não é que não a entendia mesmo. Fitava-me com os olhos, parecendo dizer alguma coisa, mas não dizia-me nada. Roubava-me o sossego, fazendo-me sentir culpado. Nem todas as rezas do mundo bastariam para que aliviasse-me. Prometi nunca pecar, meu Deus, eu sei! Mas ela roubava-me o compasso...

domingo, 13 de junho de 2010

Desnivelado.

Sofria calado. Todo dia sentava-me debaixo do prédio, atrapalhava a rotina de algum formigueiro, e desenhava a mesma pilastra - numa tentativa estúpida de trazê-la a vida. Num desses dias, sua arrogância veio pedir-me para que desse licença. Minha arrogância maior ainda ensuderceu-me. Oras! Passe por cima! - atropelamento voluntário. Mas foi só porque a ressuscitação da pilastra captava-me o olhar. Se eu tivesse visto antes seus olhos...ah! se eu tivesse visto antes seus joelhos...ah! se eu tivesse visto antes seus lábios, teria dito: Oras! Passe por cima! E volte, e passe de novo, e continue indo e vindo, mas não vá embora não. Não também que você chegasse a ser tão enlouquecedora assim. Mas que deixou-me mudo, ah! isso é verdade. Tentei pensar em algo para dizer-te, mas de repente só vinham-me palavras em francês, língua que eu mal conhecia. Talvez romances necessitassem dessa elegância meio blasé, ou eu tivesse enlouquecido. Não soube o que era, não entendi o que meu corpo todo quis dizer. Mas juro, juro que se eu precisasse mostrar agora para que vocês entendessem-me, eu pediria para que fôssemos todos assistir a virada de Ano Novo em Copacabana. E eu pediria para que vocês todos tampassem os olhos e apenas escutassem os estouros - é que o amor é cego, não é? Mas então, aí então vocês entenderiam-me, ou teriam uma idéia. Acho que precisariam, na verdade, escutar os fogos do Forte. Ou melhor, de seu ponto de estouro, lá do céu. Porque aí, aquelas luzes e cores todas, assemelhariam-se a dela naquele momento, e aí sim eu falaria para que vocês não fechassem os olhos. Eu não fechei, fiquei vidrado. Antes eu tinha uma dor no peito, uma dor toda acostumada, já de casa. Mas eis que naquele momento, a dor cessou e eu, sem ela, já não parecia mais nem o mesmo. Engraçado como ela fora a cura. Engraçado como toda cura em excesso, nada mais é do que veneno. Engraçado como hoje eu estouraria os fogos no rosto torto dela...

Desejo.

O gosto amargo. O gosto amargo não era café. Não era tristeza, nem insaciedade. Tinha o corpo sadio e pulmões pintados de preto - cigarros eram remédio anti-saudade. Falava fluentemente o espanhol. Te quiero, mas não tanto. E misturava os significados. Amava sim, aquele amor marginalizado, escondido entre as dobras das coxas dela. Mas queria longe, inalcançável. Acreditava na essência de baunilha saltando do forno, e também na essência do amor distante. Poderia tê-la sem tocá-la, guardada na única gaveta com cadeado do coração. Poderia querê-la sem sujá-la, com as mãos nos bolsos da calça cáqui. Coração poderia saltitar calado. E o volume abrigado pelo zíper poderia ser apenas acaso. Desejo nunca foi erro.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Doloso.

Como me doía aquela sua aspereza com as palavras.
Como me doía sua distração com os carros da rua.
Como me doía seu telefone tocando o tempo todo.
Como me doía a falta de sorriso em seu rosto.
Como me doía achar ter encontrado outro gosto no seu.
Como me doía sua postura egoísta.
Como me doía não poder te ter sempre à vista.
Como me doía te querer tanto.
E te amar tanto.
E te perder tanto.
Como me doía você.

Sadomasoquismo.

Enviaram-me uma tal carta, sem destinatário, é claro. Pus-me a pensar sobre a necessidade de saber de que mãos vieram. E de que mãos vieram as tantas outras. Talvez o prazer esteja nisso, nessa perda - de identidade -, nessa impossibilidade de contê-la. Talvez também, eu esteja errado. Como estive quanto aos beija-flores que passavam por aqui de manhã cedo. Para mim, que estavam sempre aqui pela permanência ainda do cheiro dela, mas o cheiro ainda não se foi - acredito. E os tais bichinhos nunca mais apareceram. Talvez eles tenham vencido essa parte dolorosa, na qual, feito um feitiço, seguimos instintivamente - e cegos - qualquer rastro. Enfim, deles não sinto falta. Quer dizer, não tanto como sinto a falta dela. A tristeza mais feliz é que o cheiro permanece. Não mais tão forte, mas aqui preso entre os pêlos das narinas, do bigode, da barba. O cheiro dela ainda está preso na minha língua. E é por isso que nada mais sai e nada mais entra. É, e pensando bem, talvez o prazer não esteja na perda. Pois a perda é dor. Se bem que assim, desmereço todo os sadôs, masôs, sadô-masôs, entre outros insanos. Quer dizer...até que um tapa na cara às vezes dá-me a vontade de pedir por mais, e um beliscão dá-me a vontade de ver rasgar a pele. Mas não...não é dessa dor que falo. A dor de que falo não cabe em ataduras, anti-sépticos, elixires de mil coisas, florais, massagens terapêuticas. A dor de que falo mal cabe na fala. Foi inventada para ser calada, no máximo gemida, dor contida. A dor presa entre as extremidades de um corpo. Excitada a ponto de querer sair pelos poros, em forma de choro e de noites mal dormidas. Essa é a dor conquistada pela falta, pela saudade, pelo prazer de martirizar-se pelo que não se pôde segurar com as mãos. Está bem, estou mais do que convencido. Dor é prazer. Mas como defino a saudade?

sábado, 5 de junho de 2010

Terceto.

Apertou meu pescoço e perguntou: e agora, tá doendo?
Silêncio.
(Nos) deixe pra lá.

Pique-nique.

Não tenho uma lembrança clara de como foi que te conheci. Talvez numa tarde nublada, enquanto, andando pelo parque, deparei-me com seus mil sorrisos aproveitando um pique-nique. Talvez em um Sábado à noite, quando decidi sair para espairecer e acabei por encher a cara. Mas lembro de ter reparado escancaradamente no formato meio gozado de seu rosto. Suas bochechas sinuosas, seus lábios finos, seu queixo pontudo. Pensei que talvez, pensar que seu rosto fora um erro, fosse muito extremo. Mas não pude evitar. A falta de sintonia de suas partes fazia um escândalo em frente aos meus olhos castos. E eis que resolveu soltar a voz, e eu quase pedi a Deus que te levasse embora. Mas você foi ficando, e chegando perto, e deixando que passassem os anos. E de repente, ver-te já não era mais tão estranho assim. Eu até comecei a ver graça em seus lábios fininhos fazendo volume com os meus. Até comecei a achar bonitinhas suas bochechas coradas de sol, e seu queixo cutucando meu braço para receber carinho. E fomos deixando mesmo que passassem os anos. E eis que resolveu guardar sua voz, e agora eu chego a pedir a Deus que a traga de volta (e te traga também).

Quem Sou Eu?

Mas juro, juro por mim mesmo. Ah, não vale? Vale o quê então? Tá bom, juro por mim mundo, assim, eu e o mundo inteiro, então, continuando, que quando eu era assim, só metade de mim, quero dizer, quando eu era miúdinho assim, ainda meio desengonçado e monossilábico, meio assim, como eu não sou hoje, eu sabia exatamente quem eu era. Era assim, meio calado assim, meio silêncio com poucos cabelos e muita inocência.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Queda.

Atravessava a avenida, sinal aberto para os carros. Atravessava a ciclovia, e o rapaz despencava da bicicleta. E eu parado na calçada. E eu parado na calçada. E eu parado na calçada. Feito essas palavras, nossa vivência se repetia. Esquece as balas perdidas e o que sobrou do pó, queria porque queria subir o morro. E ainda me dizia: ei, não fique parado na calçada. E atravessava a avenida, e corria à beira-mar. Queria atravessar o mundo a nado, e eu não queria sequer sair do lugar. Esquece as seringas e essa pequena poça de sangue, queria porque queria aprender a voar. E ainda me dizia: ei, não fique parado na calçada. E eu não tive o tempo de dizer: ei, fique parada no parapeito. Eu só soube dizer: ei, como era difícil te amar.