terça-feira, 29 de junho de 2010

Sinal.

Amei-te, claro que sim, que pergunta! Mas não que nunca tenha pensado em apertar teu pescoço com um cinto. Por quê não demos certo? Olha, para começo de conversa, eu diria que demos sim. Quer dizer, eu sei que dei, dei-te mil abraços, uma mão para segurar, alguns cheques sem fundo, e...pareceu certo, juro que sim. Quanto ao que você me deu, bem...alguns envelopes de Lexotan, claustrofobia e metade dum coração. Juro que pareceu-me o suficiente. Por isso não quis mais, e nem quero agora. Estás pensando mesmo em voltar? Porque eu juro que estava pensando em mudar de lugar. Então deixe aqui o seu recado, talvez eu ligue mesmo depois do sinal. Será se ele virá do além? Serve uma estrela cadente, ou algum milagre de multiplicação. Olha, amor antigo, nunca acreditei nessas coisas não. Mas, se por um acaso, um sinal assim vier a aparecer, juro que nem encosto no telefone, volto lá de sei lá que fim do mundo, só para ficar com você.

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