segunda-feira, 14 de junho de 2010

Tu és.

Negros eram seus olhos, tais como minha alma, a qual raptaram. Alertaram-me: tome cuidado, homem. Mas não tive forças para afastar-me dela. Ainda sequer tinha visto seu sorriso, quando já pegava-me sonhando com ele. Nem sequer tinha ouvido sua voz, e já escutava-a chamando-me. Cresci feito mandavam os bons costumes, menino puro e casto. Não precisa entender porquê, só saiba que é pecado. Mas não é que não a entendia mesmo. Fitava-me com os olhos, parecendo dizer alguma coisa, mas não dizia-me nada. Roubava-me o sossego, fazendo-me sentir culpado. Nem todas as rezas do mundo bastariam para que aliviasse-me. Prometi nunca pecar, meu Deus, eu sei! Mas ela roubava-me o compasso...

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