quinta-feira, 10 de junho de 2010

Doloso.

Como me doía aquela sua aspereza com as palavras.
Como me doía sua distração com os carros da rua.
Como me doía seu telefone tocando o tempo todo.
Como me doía a falta de sorriso em seu rosto.
Como me doía achar ter encontrado outro gosto no seu.
Como me doía sua postura egoísta.
Como me doía não poder te ter sempre à vista.
Como me doía te querer tanto.
E te amar tanto.
E te perder tanto.
Como me doía você.

Um comentário:

Unknown disse...

O susto em ter que ser adulto as vezes nos encobre o sorriso, nos faz perder o gosto, ser egoísta.
A responsabilidade, a sobrevivência nos faz sempre ocupados, ausentes, até mesmo frios com quem amamos.
Foi assim, tem sido muito assim. Talvez menos do que quatro anos passados mas ainda persiste assim como insiste a necessidade de não perder o chão que as vezes some de vista me fazendo entender que sou razão mas muito mais emoção. As vezes só precisa chacoalhar.