quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Estações.

Poderíamos ter seguido, mas preferimos sentar-nos para o tempo. Fizemos sala para a vida. Fizemos quarto para o amor. Montamos uma casa, um jardim, um quebra-cabeça. Montamos um ao outro. Esperamos a Primavera, ela veio. Passeamos com o verão. Permanecemos calados junto ao Outono. Escondemo-nos do Inverno que nos encontrou. Foi quando te levantastes e fiquei perplexa. Despediu-se da vida. Deu às costas para o amor. Demolimos a casa, fizemos do jardim um cemitério, perdemos as peças. Demolimos um ao outro. Esperamos as estações, não vieram. Ficamos na mesma estação indefinida. O trem chegou. Você partiu. E partiu-nos em cada pedaço que reescrevo aqui.

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