terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

A Segunda.

Poderia chamá-la de primeira, e também de efêmera. Era um som contínuo, de timbres que oscilavam. Ia e voltava, escondendo-se na sombra. Havia algo que atraía-nos e repelia-nos na mesma proporção. Essa eu não deixei entrar, quis que ficasse na porta, controlando a entrada e a saída. Vez em quando, sentia-me só e aparecia na janela, e sem que víssemos, alguém passava sorrateiro pela porta, e puxava-me pela cintura. Indignada, sentava-se no gramado, trocava sentimentos com alguém que por ali passasse, mas logo voltava. Ela sempre fora o porto, que de tão seguro, seguramos tanto que soltou-se.

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