quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Pouco Tempo.

Na necessidade de ensinar-se a me amar, aninhou seu corpo no meu. Olhava-me de uma forma pura, quase infantil. Sorria, achando que sua falta de vontade seria imperceptível. Talvez fosse, se eu não quisesse vê-la. Enxergava-a tão bem, tão escura. Aninhei-me no corpo dela, como um recém-nascido querendo voltar para a barriga. Fingíamos estar enganando-os, mas entregávamo-nos procurando encaixe entre os dedos. Quem éramos ali fazia pouca diferença, quem queríamos ser...não queríamos.

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