segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Vapor.

Sentiu-se queimar no mormaço de Setembro. Sentiu-se queimar no mormaço de Outubro. Sentirá-se queimar no mormaço de Novembro. Quis a chuva, e a chuva veio. Forte, ininterrupta. A chuva partiu. E ela ficou a rememorar as águas de Janeiros, Fevereiros, Marços e bossas novas. Ficou a cantar, junto as cigarras. Preparada para morrer e matar-se. Cada dia era uma folha nova em seu caderno. E uma folha a menos no calendário. Como doía sentir-se tão êfemera, ser tão passageira. Mordia seus lábios rachados, contorcia seu tronco pequeno. Era respingos de uma tempestade, evaporando...

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