quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Planeste?

O fogo acabou.
O fluído também.
O isqueiro da vida, cadê?
Acende com um fósforo.
Não, não.
Estão todos sem cabeça.
Sem cérebro.
Aquece com as mãos.
Não, não.
Estão todas guardadas nos bolsos.
Com frio, com fome, com sede.
Inflamáveis, cadê?
Inflamados, eu sei.
Inchados, apagados.
Acende esse cigarro aqui.
Com fogo, com força.
Chama, cadê?
Passaram na frente,
não chamaram você.
Vá para o começo
do fim da fila.
Que fala,
escuta.
Vai e volta.
Sem fim.
Sem fundo.
Sem fogo.
Apaga esse cigarro.
Com um escarro.
Não, não.
Apaga no meu braço.
Passa o fogo.
Passatempo.
Espaçonaverdade.
Mentira!

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