Firme, cantava antigos amores, alguns de seus idílios. Não vacilava no tom, nem na postura. Era uma trovadora dos tempos modernos. Com palavras e sentimentos preexistentes, mas nunca ultrapassados. Com solicitude mutava o ritmo para diferenciar cada um dos cantos. Cantava ali, no meio da praça, desvergonhada, quase orgulhosa. Poderiam apontar canhões para o ângulo exato de seu peito, não importaria-se. Entreluzia naquele pedaço cinzento de mundo. Era seu canto de paz.
Um comentário:
Encanto isso...
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