sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Pólos.

Brasília amarela das mamonas,
assassinada pela Brasília branca do concreto.
Protegida por céu, não por teto.
Brasília racista,
narcisista.
Refletindo seu branco nas nuvens,
exibindo-se por todo lugar.
Brasília que chove e chora.
Osmares desenharam-na,
para ser adorada, evocada.
Cidade dos cubos e cheques.
Geométrica.
(Des)medida.
Idealizada.
Tsunami de carros.
Extinção de bairros.
Enquadrada.
Aprisionou poetas vários.
Claras e Alices presas ao ar-livre.
Trancafiadas.
Eixos sem coordenadas.
Brasília: ligação do céu e da terra.
Submersa em si.
Brasília: soma do céu e da terra.
O inferno é aqui.
E não era para lá que todos íamos de qualquer forma?

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