quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Domingão.

Eixão fechado junto ao céu. Poucos carros invadindo as ruas e o silêncio. Chuva ameaçando cair. As fichas também. Vultos de presença nas ausências de calçadas. A menina que um dia conheci segue calada, reparando no que um dia foi seu tudo e que agora era um nada. A menina que conheço segue falante, dialogando com a do passado. Um monólogo de duas em uma só. A que é e a que foi - e já era? As nuvens em uma escala cinza de ser. A menina sendo o que é, o que já foi e o que quis tanto esquecer. Uma versão sorridente da tristeza. Era Domingo de calma, de alma e Domingo em seu coração.

Um comentário:

SOFIA ETCHEVERRY disse...

Suas palavras sempre me trazem uma Brasilia que gosto de lembrar.