domingo, 10 de janeiro de 2010

Gabriela.

Em uma dose extravagante e estupidamente gelada, Gabriela levava-me à loucura. Levava-me para passear pela praia durante a madrugada, e a acreditar que os eixos eram mar. Na dosagem exata, Gabriela levava-me para ver as estrelas. Quando abusava de seu sabor adocicado, Gabriela fazia-me adormecer por lá. Abandoná-la dava-me fome. E a fome dava-me nojo. Gabriela era prefácio do enjôo. Mas sua companhia havia sido a melhor até então. Gabriela tinha o cheiro da noite, e era durante as noites que por ela saía a procurar. Ah! Gabriela...de todas as mulheres, nenhuma fora como ela. Pura poesia era aquela, minha Gabriela Cravo e Canela.

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