quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Tempos Frágeis.

Seus rostos parecem um sonho distante, lembrança de uma vida anterior. As conversas, antes intermináveis, agora terminam sem ao menos começar. Os capítulos se perderam em alguma parte da história, mudaram de ordem ou lugar. Reconheço-os ainda. Pelas cicatrizes, pelas marcas de nascença em nós. Tão novos e machucados. Mutáveis e mudados. Somos retrato sem porta, guardados nos arquivos mortos, e irressuscitáveis, do passado. Éramos feito carne e osso. Agora somos uma fratura exposta roçando no asfalto quente. Ilha de calor, embora coberta de neve. Mudei ou mudaram de mim?

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