quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Mayday.

Amiga, você abandonou-me,
sequer despediu-se.
Sinto-me feito lixo.
Não posso ser reciclada,
nem quero,
nunca quis.
Não quero desintegrar-me a fim de virar outra forma de mim...
para ser reutilizada.
Amiga, leia estas palavras como se lesse a palma de minhas mãos.
Eis o meu futuro,
a partida.
Que diferente de um parto, será sem dor.
E o único vermelho será de meus olhos chorosos.
Sentirei sua falta.
Mas a falta é a lembrança de uma presença.
Por isso não me trará mágoas.
Guardarei você confortavelmente entre pedaços de mim.

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