segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Domingo e Televisão.

Nublei-me. Isso sequer existe? Se não, acabo de inventar. Enchi-me de nuvens prontas para chorar. Sem motivos, sem razões, embriaguei-me da tristeza e da saudade do que houve e já não há. Involuntariamente, meus ouvidos captaram a música que costumavam escutar. No fundo do armário, e do peito, ela tocava, quase imperceptível em sua existência. Eu estava entre o cinza e o incolor, rememorando filmes que, embora tão antigos, não tinham perdido suas cores, ou seus brilhos. Tinham o mesmo clímax, mas ainda espantavam-me, emocionavam-me, cativavam-me, como se visse-os pela primeira vez. Encontrei-me tão nublada ao ponto de querer (re)vivê-los, mas nunca reconstruí-los. Sem eles, acredito eu, não teria sol para ter perdido de vista...

Um comentário:

Unknown disse...

E o pior é que foram "dois domingos" e ambos nublados e então essa sensação de choro fica entalada em nossas gargantas como se o sol nunca mais fosse nos aparecer. Nessas horas os armários cheiram a bolor e só vem a vontade de dormir. Talvez nos sonhos consigamos reconstruir mais fácil um próximo e ensolarado dia ou sejamos despertados por um tórrido e acalorado beijo de amor.