domingo, 30 de maio de 2010

Longo Silêncio.

Eis que aparecestes.
Tão sua,
tão bela,
tão minha,
tão...ela.

Eis que trancastes a porta.
Uma,
duas,
três e...
todas as voltas.

Eis que andastes alguns passos.
Seus pés no cimento,
no tapete,
na cerâmica.

Eis que abristes as janelas.
Frio,
Rio,
Janeiro.

Eis que já era noite.
Sombreada,
desleixada,
desacompanhada.

Eis que a luz caiu.
E as calças,
e o cobertor,
e as meias.

Eis que senti.
Suas saudades latentes no corpo,
suas veias saltando do pescoço,
sua saliva saltando do meu gosto.

Nenhum comentário: