domingo, 2 de maio de 2010

Aninha.

Quando conheci Aninha, ainda chamavam-na no diminutivo, ainda tinha a pele casta e ainda catava caracóis no jardim. Quando apresentei-me a Aninha, chamava-a de nomes chulos, desentendia a castidade de sua pele e zombava de seus caracóis. Quando apaixonei-me por Aninha, chamava-a no diminutivo, desejava a castidade dela toda e procurava abrigo nos caracóis de seus cabelos. Quando perdi Aninha, chamava-a de amor.

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