terça-feira, 20 de abril de 2010

Psique.

Sentou-se, meio contra vontade. Entrou e sentou-se, meio que empurrada, meio que tropeçada. Olhou-a, meio que analisando. Abriu a porta e olhou-a, meio que calculando, meio que subtraindo. Desastrada, anotou no rodapé. Acomodou-se no sofá, couro barato e desbotado. Cara a cara estavam, feito velhos amigos. Ele alcançou outra caneta, ela esticou os braços. Diga-me seus motivos, e qual caminho desaguou-a aqui. Não sei quem sou, não sei se posso, não sei se devo, e não sei se quero saber. E ela chora. A caixa de lenços não estava aí sem motivos. E ela chora mais, quase faz chover. Estamos aqui para curar as feridas de sua alma, ele diz indiferente. E cadê ela? Ela questiona...internamente.

Nenhum comentário: