domingo, 25 de abril de 2010

Doces.

Olhava para ela que, toda sorridente e agitada, devorava o restante dos ovos da Páscoa. Olhava seus tão delicados lábios sujarem-se sem preocupação alguma. Olhava suas unhas sujas na ponta, seus olhos castanho-claro, seus pés inquietos. Olhava sua gola desarrumada, sua calça jeans em tons de azul. Olhava-a quase querendo-a, querendo querê-la, querendo sentir. Queria sentir qualquer coisa, desejo, saudade, culpa, qualquer coisa que não fosse calor ou cócegas.

Nenhum comentário: