quinta-feira, 22 de abril de 2010

Desplanejado.

Não precisava de bom dia, nem boa tarde, nem como vai a vida, nem que a vida fosse. Bastava só que ela olhasse e ele soubesse. Aí o corpo dela ia contra a parede, e corpo dele ia contra o dela. E as bocas encaixavam-se nos pescoços, e os abraços nos beijos. Sem mais delongas ele procurava por suas longas pernas. E aquela era a forma que a vida encontrou para prendê-los, um sob o outro. Um sem saber nada sobre o outro. E aquela era forma que sabiam amar-se, calados, suados, entre suspiros, ofegantes. Era amor espremido entre lençóis.

Um comentário:

Débora Carvalho disse...

Mais uma que eu simplesmente adorei. *-*