quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Estrela.

Em um dia eu acordei - como costumava fazer nos outros -, e despretenciosamente saí rumo à vida. Trânsito, buzinas, pilhas de papel, e goles do café do dia anterior. Para variar, não esperava nada - além do ônibus das seis da tarde. Foi em meio a essa repetição cotidiana que te conheci. Não vi nada demais, culpa da miopia. Mas aí você se aproximou, querendo saber das horas. Não lembro quais eram, o que é uma pena. Mas sei que houve um estouro, e o tempo pareceu um atraso. Não sei seu nome, não quis perguntar. Mas fiquei olhando toda a sua pressa, repetindo os mesmos movimentnos: mexendo nos cabelos, sacodindo as pernas. Não sei dos seus anseios, mas lembro da cor das suas unhas. Não sei qual era o seu destino, não pude enxergar. Não sei se foi acaso, ou se por acaso estávamos os dois por lá. Para bem da verdade, sei que você era realmente bonita: panturrilhas salientes, ombros queimados de sol, lábios rosados. Não sei o que você, naquele momento, se tornou para mim. Estrela cadente: só sei que você foi assim.

5 comentários:

Anônimo disse...

Sopro...

Anônimo disse...

Pseudo Intelectualismo deveria ser crime punível de morte. Não há os menores resquícios de "tessitura letteraria" nos textos que você julga "arte". Não redija áspides e suas línguas, emitindo juizo a si mesma, pois magotes silábicos não tem valor quando dissociado da real ideia arbitrária. Você não merece condolência pelos medíocres produtos de sua mente rasa. Desista...

Julianna Motter disse...

Você esqueceu da concordância em uma parte, mas relaxa, tá perdoado(a).

Anônimo disse...

O valor que atribui-se à um texto deveria ser feito na mesma medida em que as palavras lidas conseguem ir além dos olhos.Arte é poder por um pouco (ou muito) de si e extender o toque a outros. Gosto do que escreve, do que tem escrito. Do amargo para o doce , não há nada de medíocre aqui.

Julianna Motter disse...

(Um abraço apertado).