segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Entendesse.

Grampearia tuas asas, se ainda houvesse tempo. Feito bomba-relógio - com minha prepotente esperança de que não exploda - vive meu coração. Pouco sei do que houve. Nada sei do que havia. Mas teus olhos me encararam, e eu os encarei de volta. Agora é exatamente aquele momento em que nada sobra: não sei para onde ir. Nem se tu queres que eu vá. Melhor seria nunca sair daqui. Só não sei melhor para quem. Tua solene partida foi como um pedido de espera. Ou não. Ou um vá-para-sempre. Mas para onde? Para bem da verdade, não sei nem se partiu. E tu também não me respondes. Estás fora da área, do perímetro. E eu, agora, fora de mim.

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