quarta-feira, 15 de julho de 2009

Ah.

Captava a essência de tudo que fosse imperceptível aos olhos alheios. Via beleza onde faltava, via pureza nas palavras que pensavam em dizer. Passava horas de seus dias escrevendo cartas sem destinatários, e deixava-as à vista perto da calçada de sua casa para quem quisesse. Fazia questão de assinar com seu nome, não tinha vergonha do que escrevia. Fotografa todas as expressões que via nos rostos que deparave-se pelas ruas. Colocava as fotografias na estante de sua sala de estar. As poucas visitas que recebia perguntavam quem eram as pessoas das fotos, ele dizia que eram seus amores de momento. Perguntavam que tipo de amor era esse. Ele dizia que era um amor livre, não exigia que fosse recíproco, alianças, nem conta conjunta, era um amor que sabia voar, sem precisar tirar os pés do chão.

Um comentário:

Raíra Cavalcanti disse...

Amor pé no chão faz mais sentido... E é por isso que apesar de ela parecer perdida, ela já se encontrou. Tá lindo...