quinta-feira, 9 de julho de 2009

SIM!

Familiar com a sensação de ter perdido tudo, chegou à conclusão de que não perdia tudo porque nada era seu. Jurava amores àquela que não acreditava em promessas. Prometia ao Deus, que desconhecia, que ia mudar. Mudava de roupas, de gosto, de música, mas não mudava a si mesmo. Questionava-se se a mudança em si mudaria tudo a sua volta. O tudo que não era seu, era tudo que o perturbava. Jurava. À ela, e a Deus. Pelo amor de Deus, jurava que seu amor era dela. E pelo amor dela, buscava o amor de Deus. Sem amor, e com nada na mão, via o tudo, que perdeu sem ter, o amor, em que acreditou sem precisar acreditar em nada além, e o Deus, pelo qual sentiu ter sido abandonado, tornarem-se pó. Não cheirou, nem guardou como cinzas, jogou tudo ao vento. Acreditando, então, no nada, que era tudo que havia sido jogado fora.

Um comentário:

sofia etcheverry disse...

li umas cinco vezes.. mas como sempre fiquei sem palavras.
parabéns? hahahahha bjss