terça-feira, 14 de julho de 2009

Errado.

Pediu-lhe para que ficasse. Por um minuto, um segundo, um momento só, que seja! Tanto faz, tanto fez, tanto fazia! O momento poderia fazer valer um bilhão de outros momentos! Ou fazer valer sua vida inteira. Queria fazer-lhe calar a boca. Com a mão, com um beijo, com uma declaração. Declararia seu amor, que nada de claro tinha. Declararia um poema, sem rima, sem métrica, com versos vermelhos, não brancos, vermelhos de amor, pintados com seu coração. Queria que ela permanecesse ali, pelo tempo que fosse possível, e se esse tempo não existisse, colacava-se disposto a reservá-lo para depois. Seu amor não importava-se com o tempo, nem com o tempo que o tempo levaria para para trazê-la a ele.

(O que importava era que trouxesse-a).

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