terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Sem ter você vou mais só.

Olhei aquele velho retrato, vi nele aquele nosso passado. Roubei uma dúzia de flores, deixei que apodrecessem. Cavei um buraco de pequeno porte, nos joguei dentro dele e cobri com areia e cuspe. Alcancei um velho vaso quebrado, coloquei três gostas de água e depois posicionei as flores dentro dele de modo desorganizado. Coloquei o vaso em cima do buraco já tampado, deixando com que ele caísse um pouco para a esquerda. Peguei um lenço desbotado e expurguei algumas lágrimas, o joguei no chão e fui embora. Não foi assim tão difícil fingir que já nos tinha sepultado.

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