quarta-feira, 6 de julho de 2011

Dia Seis.

O último pensamento antes de cair no sono. Aquele que, às vezes, a gente nem se lembra quando acorda na manhã seguinte. Um flash. Um pensamento-relâmpago. Uma daquelas coisas que te ocorrem do nada e, só depois de muito tempo, você se pergunta de onde é que veio. Um último desejo, um pedido para o dia seguinte. Uma memória doce das últimas vinte quatro horas. Um sorriso que sai sem querer. É assim que eu quero que você seja. No espaço de tempo que o para sempre queira nos dar, eu quero me lembrar de você com a satisfação de uma criança que sabe que possui todos os brinquedos dos quais precisa. A liberdade de quem desabotoa o primeiro botão para desafrouxar a calça e se esticar na cadeira. O gosto de Sábados que apesar de parecerem Domingos, não te obrigam a dormir cedo. Falo de felicidades corriqueiras, molduras que não precisam de grandes detalhes ou ornamentos para arrumarem espaço na parede. Ouvi tanto falar de cavalarias e topos de torres, que esperei por paixões transbordando de agonia e calor, apressadas e insaciáveis. Uma ligação embriagada depois das duas horas da matina me pedindo pela amor de Deus só um olhar através de meu corpo nú para aquietar uma alma que vive aprisonada. Amor, pra mim, tinha que ter o mesmo exagero da arte. Ou até mais. Amor gentil. Está aí um termo que me é novo. Até mesmo amor. A-m-o-r, com quatro letras, mas sem qualquer imensidão. Amor, uma daquelas coisas que se dá para receber em troca. Ou não. Enfim. As palavras talvez saíssem mais intensas se eu dissesse que estava por aí, andando distraído, destroçado, quando, despretenciosamente, te encontrei. E você salvou minha vida. Então, meu Deus, obrigada. Amor quando é amor dispensa os exageros. Pois eu ia muito bem, tomava uma xícara de café a cada duas horas, fumava como se não houvesse amanhã - depois explicarei melhor as fobias -, me arrastava, trocava os dias pelas noites. Se era felicidade? Meu bem, eu não sei. Acho que existem graus. Mas mesmo que existam, nada disso importa. O que eu experimento agora é uma espécie de nirvana alcançável entre os intervalos dos choques de uma cadeira elétrica. Você entende? Você me soca o estômago e minutos, melhor, segundos depois, é responsável pelos passáros viajando por meus ouvidos. Um desnivelado equilíbrio entre minha loucura e a sanidade. Sinto vontade de te chutar até a alma, ao mesmo tempo que quero te esconder do mundo - experimente ter algo tão dito seu num mundo onde se perde tudo, inclusive a vida. Se eu soubesse como te dizer, provavelmente haveria dito antes. Como é reconfortante saber que, acima de tudo, haverá sempre o silêncio. Eu te busco quando quebram as ondas - e olha que por aqui não há sequer mar. Quando mergulho sozinho no meio do oceano - mantenha em segredo a forma como nunca aprendi a nadar apesar de suas pacientes tentativas. Quando eu prendo a respiração por tempo suficiente até desmaiar. Eu te encontro quando me lembro da calma. Quando me sinto só e você aparece para me resgatar. Existem jeitos de ser só sem estar sozinho. Eu vou escrevendo como se houvessem motivos. E mesmo sem encontrá-los, eu não consigo parar. Cansei de pensar em coisas para te falar. Quando se ama, não é preciso dizer nada. Mas na bobagem de ser humano, eu ainda digo. Se eu tivesse que escolher, eu te escolheria mais mil vezes. E se estas vezes acabassem, eu te escolheria outras mil. E daí em diante. Na pressa de encontrar alguém, eu encontrei coisas muito maiores do que isso. O sol já se pôs. Há muitas horas, na verdade. Cheguei correndo em casa na vontade de querer colocar para fora. Colocar para fora o quê? Aquilo que eu quero cada vez mais vivo, cada vez mais dentro. Você ri e acha tudo muito engraçado. Minhas pernas, minhas risadas. Você ri e acha tanta coisa da primeira vez que eu tenho certeza. Eu tinha medo de pensar no futuro. Agora eu tenho pânico. Mas não tenho como evitar. Não faço questão de muitos quartos, nem serei chato com a cor das paredes, só quero que a cama seja a mesma. E sem querer ser exigente, mas será se podemos providenciar um para sempre? Bem fresquinho...


Obrigada por me fazer mais feliz do que a própria felicidade.

3 comentários:

Natália Valle disse...

Me faltam palavras...
Meu amor, você sabe, não sou boa com as palavras e me atrapalho mais ainda quando tento te impressionar. Você sabe, a gente sabe. Vivemos em detalhes. Seu sorriso, seus olhinhos, todos os seus toques... me sinto viva. Minha vontade é você, o meu querer é você... desde o primeiro segundo. Obrigada por todos os momentos, todo carinho, atenção e respeito. Eu só poderia ser louca se não me apaixonasse por você todos os dias, cada vez mais.

Juro, juradinho, conquista-la todos os dias. Sempre!

"Eu. Você. Mais ninguem. Por Favor. Mais ninguem. Só nós dois. Juntinhos. Para sempre. Eternamente um para o outro"

06/03/10... Parabéns meu amor. O bom é pensar em dizer "estou tão feliz" e melhor ainda é poder dizer "estamos...". Linda, linda, linda da minha vida. Te amo é pouco perto do que sinto por você, já disse. A-M-O-R... Meu amor.

Casa comigo?

Diego disse...

Hoje cedo me disseram que o amor é um jogo.
E então eu tive certeza.
A gente se encontra mais tarde.
Eu com o coração na mão.
Você com as cartas na mesa
J.M

Anônimo disse...

Meu novo texto preferido desse blog!