terça-feira, 19 de outubro de 2010

Milano.

E descer para fumar um cigarro de cabelo molhado no frio europeu de congelar. Dar uma olhada de rabo de olho na cidade da moda. E pensar que, está na moda isso de almas siamesas que se descobrem subitamente. E de repente, esperando que isso aconteça ao descer para fumar um cigarro de cabelo molhado no frio europeu de congelar. Dando uma olhada de rabo de olho na cidade da moda. Pensando que está na moda isso de almas siamesas que se descobrem subitamente. E, vai ver, de repente, isso até aconteça. E pensar na felicidade, aquela dos filmes e livros de amor. Uma felicidade-suspensa. Felicidade aquela de ficar nas pontas dos pés, erguer os braços, e ainda assim não alcançar. E ter aquela vontade de abraçar o mundo, ou quem me trouxe a ele. E tendo descido para fumar um cigarro de cabelo molhado no frio europeu de congelar, reparar nas luzes da cidade da moda. E pensar que no fundo de algum oceano, ou por detrás dos vidros de algum aquário, algumas formas de vida bioluminescentes - andei estudando -, produzem sua própria luz e a carregam ao redor de seus corpos. E tendo pensado nisso, pensar também que não carrego luz alguma. E tendo acabado o cigarro que desci para fumar de cabelo molhado no frio europeu de congelar, não receber sequer notícias da minha alma siamesa que deve estar vagando por aí.

3 comentários:

Anônimo disse...

Quer ser minha alma siamesa?? *.*

Marina disse...

Acende outro cigarro. Às vezes essas benditas almas siamesas se atrasam! haha

Louise Boeger disse...

estive com saudades de seus textos.